20100116

Testamento.


Foi aqui. Eu tenho a certeza absoluta de que foi aqui. Não olhes para mim assim culpa, deixa-me recuperar o meu hábito.

Eram horas certas, madrugada, abrigados em certezas lupinas estavamos acordados a repensar a nossa vergonha. Havia quatro de nós. Superiores, claro, na vontade e na consciência. Quase que aposto que estou a mentir, não interessa, segue-se:
-- Verdade e horror, abc.
Olhos fechados, batam palmas, por favor.
-- Qual complexa e horrível dissertação sobre a vitória, merda. Esta conversa é pútrida.
De mãozinhas dadas seguimos pelo monte fora, a ler o que estava gravado nas portas que jaziam arrancadas pela erva:
MORTE E FUGA.
PUTAS.
SUMÁRIO DAS ALMAS.
(etc...)
Somos bonitos, à nossa maneira. Pelo menos se nos vejo no vidrinho maroto que trago sempre ao pescoço. Que feliz. Que nojo. Onde andas?

No comments:

Post a Comment